Pretérito Imperfeito

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By Sara Rodrigues Pereira

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Metalinguisticamente falando, o pretérito imperfeito é um tempo verbal que exprime a ideia de um facto passado mas que não foi definitivamente acabado. Por outras palavras e, no contexto desta coletânea, o autor narra, em modo de ficção, vivências do passado que ainda perduram, mutatis mutandis, na atualidade do povo detentor exclusivo dos valores identitários da cultura transmontana. Se o pretérito é imperfeito, não foi acabado, permanece vivo e tais vivências acabam por se manifestar no presente. No Nordeste Transmontano, o passado, irreversível, tal como a História, paira sobre as comunidades locais, quais fantasmas de alvura benfazeja e portadora de felicidade e harmonia. No espaço e no tempo, tudo é tão longínquo e, simultaneamente, tão próximo, que até as gerações jovens vivenciam e protagonizam rituais seculares. Rituais de magia branca, portanto, executada por mulheres e homens, metamorfoseados, ou não, em mascarões e mascarinhas, caretos e zangarrões, mordomas e reis da festa, bruxas e diabos, filandorras, sécias, gaiteiros e dançadores dos paus. Em Pretérito Imperfeito, pressente-se a vontade (conseguida) do autor de contemplar todo o território do Nordeste, numa diversidade tão rica como a que se constata entre a Terra Fria e a Terra Quente, entre a serra e o planalto, entre o Douro Vinhateiro e os parques naturais de Montesinho e Coroa e das Arribas do Douro Internacional. De igual modo, o ensejo de trazer a lume os ícones mais emblemáticos da realidade sociocultural deste "reino maravilhoso". Por isso, ler estes contos significa penetrar na alma do Nordeste de Portugal.
Pretérito Imperfeito